Hoje passei grande parte do dia analisando as melhores opções de percursos a serem percorridos nos 3 meses que estarei pela Europa.
A grande dificuldade encontra-se no Winterspërre, um período que os grandes passos de montanha permanecem fechados, por questão de segurança, em geral de outubro ao final de maio, época do inverno local. Assim, todos percursos de altitude que eu incluir devem ser previstos para depois de 1º de Junho, sob pena de encontrar estradas fechadas.
A melhor opção até agora, e tudo indica que será a oficial, talvez com algumas pequenas adaptações, é sair da região central da Alemanha em meados de abril e cruzar no sentido sudeste até Bratislava na Eslováquia e depois Viena na Áustria, cidades quase vizinhas, passando por Praga no caminho.
De Viena seguir pela rota do Danúbio, margeando este rio até Munique, depois rodar por parte da rota romântica até Füssen, na sequência rumar para o oeste e encontrar Berna, na Suiça.
Na última parte da primeira metade da viagem, um trajeto mais plano, chegando ao Lac Lemon, divisa com a França, nas proximidades de Genebra. Até aqui serão cerca de 1.800 km em 43 dias, em torno de 42 km/dia, em um relevo não muito acidentado, com passagem pela parte baixa dos Alpes, na Alemanha, e muitas belas paisagens.
A parte mais difícil inicia aí, em Thonon-les-Bains, à beira do Lac Lemon, cruzar a Route des Grandes Alpes, uma estrada histórica, que ao longo dos anos foi sendo pavimentada e e integrada, até ganhar o formato atual em 1995, possui fortalezas de séculos atrás, paisagens de tirar o fôlego, picos com neve eterna, e muitos outros atrativos.
O caminho percorrido é pela parte alta dos Alpes franceses, cerca de 700 km de extensão com incríveis 19.000 m de elevação positiva, tendo seu final em Menton, à beira do mar mediterrâneo, entre o Principado de Mônaco e a Itália.
Parte dessa rota compõe o famoso Tour de France, sendo, junto com a etapa dos Pirineus, uma das etapas mais esperadas de toda competição, seja pelas belas imagens ou pela dificuldade enfrentada pelos ciclistas para alcançar os passos de altitude, junto a tudo isso ainda há a impressionante velocidade alcançada na descida desses (com o velocímetro atingindo os 3 dígitos).
Depois de chegar ao Mediterrâneo a viagem deve seguir pela França, às margens do Mediterrâneo, pela Cotê d'Azur, subir os Pirineus, cordilheira que conecta a Península Ibérica ao continente, até o Principado de Andorra, e por fim chegar a Barcelona, que deve ser o ponto de retorno.
Essa segunda fase, Route des Grandes Alpes, França, Andorra e Espanha, deve ter cerca de 1.700 km, e cerca de 27.000 m de desnível positivo. Média diária de 43,5km.
Ao final de todo o tour um total de 3.500 km.
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