Havia olhado no mapa e a ciclovia, em sua maior parte segue margeando o rio Danúbio, tanto que se chama Donauradweg.
Nessa rota é possível encontrar várias ruínas da época do império romano, sendo que um dos sítios arqueológicos mais bem conservados está à margem do caminho.
Em cerca de meia hora já havia cruzado a fronteira da Eslováquia com a Áustria, não sei ao certo, porque dessa vez não haviam marcos nem placas, apenas percebi porque as placas agora estavam em alemão, e a sinalização era melhor.
A ciclovia é plana e em boa parte do trajeto vai pelos dois lados do rio, porém com poucos pontos de interligação entre as margens.
Escolhi ir pelo sul, já que poderia ver as tais ruínas. Quando cheguei à cidade marcada, as ruínas estão bem presentes e conservadas, da para ver de longe construções romanas, não só fortificações, mas casas e afins, porém para entrar era cobrado uma taxa um pouco cara, como eu não teria muito tempo para andar pelo lugar, tornou-se inviável, pois iria pagar a entrada e sair em meia hora.
Continuando encontrei um arco da mesma época, semidestruído.
Essa região recebe o nome de Carnuntum, vale uma visita de alguns dias apenas para ver e entender a presença do Império Romano ou, posteriormente o Sacro-Império Romano-Germânico,
Num momento, o mapa indicava a necessidade de cruzar o rio, em alguma embarcação, que não passava carros, até ai tudo bem, pessoas e bicicletas passam. Cheguei ao ponto de passagem, já dentro da área de preservação ambiental do Danúbio e uma bela placa dizia para ligar para um número que a embarcação que estava do outro lado viria buscar. O problema é que não tinha como ligar, nenhuma casa perto, ninguém, apenas o píer vazio, a placa e eu deste lado e do outro lado um restaurante com as embarcações paradas.
Parei um pouco e estava decidido a continuar pela margem sul, mesmo que fora da ciclovia, até a ponte seguinte ou até chegar em Viena, mas, eis que escuto um barco vindo, dois ciclistas estavam atravessando no sentido contrario, assim aproveitei que o barco havia chegado e cruzei como previsto.
A estrada seguia boa, reta e plana, porém não sendo possível ver o rio, o único detalhe é que o vento continuava a soprar contra, não tão forte como para chegar em Bratislava, mas estava provocando, ainda assim, um arrasto forte. Nas duas margens do Danúbio, desde a divisa com a Eslováquia, uma faixa de terra é considerada parque nacional, então é protegida, não tendo população, apenas a ciclovia e algumas trilhas. Mas logo aparecem indicações de cidades a uma pequena distância, ou ainda a ciclovia sai da área de preservação e vai para áreas agrícolas adjacentes.
Ainda conversei um pouco com outro cicloturista, um senhor de uns 70 anos. Ele está fazendo uma viagem de cerca de 5.000 km, a mulher dele vai encontrar nos últimos 1.000 km, na Turquia, se não me engano, para terminarem juntos, segundo ele é a última grande viagem, porque já está velho, mas está pedalando cerca de 100 km por dia, porque "senão não chega em casa para o Natal". Esse senhor já fez uma viagem de volta ao mundo em um barco, demorou 10 anos, de 1996 a 2006, além de outras tantas viagens.
Segui meu caminho, passei mais uma área dentro do parque ambiental e cheguei à região do Danúbio, já próximo a Viena onde este foi canalizado, nas margens as pessoas vão para correr, praticar ciclismo, tomar sol e no rio fazem canoagem e outros esportes aquáticos.
Distância: 94,5 km
Tempo Pedalando: 6:26 h
Velocidade Máxima: 29,7 km/h
Desnível Positivo: 445 m
Desnível Negativo: 413 m
Elevação mínima: 135 msnm
Elevação máxima: 193 msnm
Acumulado: 669 km
Velocidade Máxima na Viagem: 68,4 km/h
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